Planejamento de acordo com a BNCC - Corpo, gesto e movimento

 

Campo de experiência: O eu, o outro e o nós; Escuta, fala, pensamento e imaginação.

Saberes e conhecimentos: Próprio corpo e suas possibilidades motoras e expressivas; Gêneros textuais.

Objetivos:

EI02EO02 Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.

·         Brincar com seu corpo por meio de gestos e movimentos.

EI02EF03 - Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).

 

·         Ouvir, visualizar e apreciar histórias.

 

Desenvolvimento:

Acolheremos as crianças com os colchonetes no chão e os livros de histórias. Após a chegada de todos faremos a contagem, a chamada e a observação do tempo.

Em um segundo momento sentados na colcha roda de conversa contaremos a história "Zequinha, o espantalho fujão” de Gerusa Rodrigues Pinto e após a história dialogaremos sobre “o que é um espantalho” e disponibilizaremos imagens do mesmo. Em seguida faremos a higienização das mãos para o lanche e logo após escovaremos os dentes e faremos as trocas.

Em um terceiro momento ouviremos a música “Espantalho” do cantor Fagner e faremos a brincadeira com o corpo como a música sugere. Em outro momento até a saída brincaremos com a piscina de bolinhas.  

Recursos:  colchonetes, livros de histórias, texto com a história “Zequinha, o espantalho fujão” música “Espantalho”, rádio pen-drive.

Avaliação: Observar se as crianças brincaram com seu corpo por meio de gestos e movimentos, ouviram, visualizaram e apreciaram histórias.

Referências:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.- BNCC

 

 

Zequinha, o espantalho fujão

 

Numa distante fazenda, morava Dona Cota e sua netinha Mariazinha.

Lá havia muitas plantações, mas os passarinhos não davam sossego a ninguém.

Quando os lavradores semeavam os grãos, logo depois, os passarinhos estragavam todo o trabalho, revolvendo a terra e comendo todas as sementes.

Por isso, Dona Cota resolveu fazer um espantalho com a ajuda de Mariazinha.

Elas utilizaram bastante palha de milho, que foi colocada dentro de uma roupa velha, formando o corpo do espantalho.

Depois, pregaram botões no lugar dos olhos e, para terminar, Mariazinha colocou na cabeça do espantalho um chapéu de palha.

Até que ficou bem bonitinho.

Elas lhe deram o nome de Zequinha.

O espantalho foi colocado no meio de uma plantação que havia na fazenda.

Lá ficava ele, com os braços abertos debaixo de sol ou de chuva espantando os passarinhos.

Mas, Zequinha já estava cansado de ficar ali, dias e dias sem fazer nada, só tomando conta da plantação.

Um dia, Mariazinha estava colhendo algumas espigas de milho para a vovó Cota, quando passou perto do espantalho.

Nisto, ela ouviu um suspiro e, logo depois, uma voz muito fininha que dizia:

- Ai... Ai... Como estou triste!...

A minha vida é tão sem graça...

Mariazinha levou um susto tão grande, que sentiu um arrepio dos pés a cabeça.

Olhando para todos os lados e não vendo pessoa alguma, gritou apavorada:

- Quem está aí? Não estou vendo ninguém!

Mariazinha ficou mais apavorada ainda, quando viu que era o espantalho que lhe falava.

O espantalho repetiu:

- Como estou triste! A minha vida é tão sem graça...

A menina perguntou:

- Por que você está triste Zequinha?

- Eu estou triste, porque vivo aqui, preso nesta plantação e não posso ir onde eu quero. Já estou cansado de ser espantalho. Quero ser como você. Andar por aí observando todos as coisas belas que existem no mundo e conhecer outros lugares.

Mariazinha ficou com muita pena de Zequinha e resolveu ajudá-lo.

Ela propôs a Zequinha:

- Olhe, eu tenho uma ideia genial!

Quando a noite chegar, eu virei aqui para soltá-lo, para que você possa, então, ir onde quiser.

Assim, quando a noite chegou, Mariazinha foi até a plantação e soltou o espantalho Zequinha, que saiu saltitando todo feliz com a liberdade que conquistara.

Os lavradores é que não entenderam o que aconteceu.

Depois que o espantalho Zequinha fugiu, os passarinhos sumiram dali.

Eles não sabem que agora, Zequinha vive pelos campos, espantando todos os passarinhos que encontra nas plantações.